Joãozinho em agonia...
Joãozinho
em agonia
20/10/2012 - Iria Maria Jung
Madrugada
morta, silêncio total,
nenhum
sinal de sol nascente,
somente
a lua espeta um clarão,
na escuridão mostra o
conflito:
Naquele
agito, desde cedo;metade
preso, metade livre.
No
alto do abacateiro,
dez
metros de desespero!
Enfim
o sol!...
Faz uma prece...
O
sol aquece de forma lenta;esquenta,
torra!!
Exausto,
diz, à mãe, o infeliz:Que
seeede!! Me tire daqui!!
O
grito é mudo, porém, é tudo o que lhe resta.
O
bico berra. Rolar por terra,Ir
e vir, voar... nada a fazer! Apenas,
gritar, tremer...inerte,
agonizante,calor
sufocante!
Luta
do corpo sedentoao
sabor do vento,da
morte certa com
a vida incerta.
Num
gesto valente,a ave indefesa,a
perna presa tentou
libertar.
Parou
de lutar!
Bruscamente,
ferida, morreu!
Interrompeu...o
ciclo da vida.
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