TEMPO PARA O ESTUDO (Marco Aurélio Chagas)
Arte / Fotos & Poemas
Registro de imagens do cotidiano. Poemas de inspiração instantânea e / ou colhidas por aí...
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Duas obras e um poema emprestado...
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
01 / 01 / 2013 - Hoje
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
SIM, CAMARADA
Sim, Camarada, é hora de jardim
E é hora de batalha, cada dia
É sucessão de flor e sangue,
Nosso tempo nos entregou amarrados
A regar jasmins
Ou a dessangrar-nos numa rua escura,
A virtude ou a dor se repartiram
Em zonas frias, em mordentes brasas,
E não havia outra coisa que eleger,
Os caminhos do céu,
Antes tão transitados pelos santos,
Estão hoje povoados por especialistas.
Já desapareceram os cavalos.
Os heróis vestidos de batráquios,
Os espelhos vivem vazios
Porque a festa é sempre em outra parte,
Onde já não estamos convidados
E há brigas nas portas.
Por isso este é o penúltimo chamado,
O décimo sincero toque
Do meu sino,
Ao jardim, camarada, à açucena,
À macieira, ao cravo intransigente,
À fragrância da flor de laranjeira,
E logo aos deveres da guerra.
Delgada é nossa pátria
E em seu despido fio de faca
Arde nossa bandeira delicada.
PABLO NERUDA
Sim, Camarada, é hora de jardim
E é hora de batalha, cada dia
É sucessão de flor e sangue,
Nosso tempo nos entregou amarrados
A regar jasmins
Ou a dessangrar-nos numa rua escura,
A virtude ou a dor se repartiram
Em zonas frias, em mordentes brasas,
E não havia outra coisa que eleger,
Os caminhos do céu,
Antes tão transitados pelos santos,
Estão hoje povoados por especialistas.
Já desapareceram os cavalos.
Os heróis vestidos de batráquios,
Os espelhos vivem vazios
Porque a festa é sempre em outra parte,
Onde já não estamos convidados
E há brigas nas portas.
Por isso este é o penúltimo chamado,
O décimo sincero toque
Do meu sino,
Ao jardim, camarada, à açucena,
À macieira, ao cravo intransigente,
À fragrância da flor de laranjeira,
E logo aos deveres da guerra.
Delgada é nossa pátria
E em seu despido fio de faca
Arde nossa bandeira delicada.
PABLO NERUDA
sábado, 29 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
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